Queridos irmãos e irmãs em Sai, Om Sai Ram!
Neste mês, comemoramos o nascimento de Chico Xavier,
o advento do Senhor Rama, a Páscoa Judaica, a Semana Santa Católica e o
Mahasamadhi do nosso amado Senhor Sathya Sai Baba.
“Que todos os seres de todos os mundos sejam
felizes!”
No serviço amoroso a Sai,
Coordenação de Devoção
Conselho Central do Brasil
02
(quarta)
Nascimento de Chico
Xavier (f)
|
08 (terça)
Rama Navami
Dia de Sri Rama (m)
|
15 a 22 (terça a terça)
Pessach
Páscoa Judaica (m)
|
|
18 (sexta)
Paixão do Senhor
(m)
|
19 (sábado)
Aleluia (m)
|
||
20 (domingo)
Páscoa Cristã
Ressurreição de
Cristo (m)
|
24
(quinta)
Mahasamadhi de
Sri
Sathya Sai Baba (f)
|
Francisco de Paula Cândido Xavier
Nascido no seio de uma família
humilde, era filho de João Cândido Xavier, um modesto operário, e de Maria João
de Deus, uma dona de casa católica e piedosa.
Segundo biógrafos, a
mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de
idade, quando ele respondeu ao pai sobre Ciências, durante conversa com uma senhora
sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles.
A mãe faleceu quando Francisco
tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove
filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela
madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma
pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por
qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o
diabo no corpo". Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo,
Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os
retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos
de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se
comunicava desde os cinco anos de idade. O menino viu-o após uma prece, junto à
sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe
recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus" ao filho.
A madrinha ainda criava outro
filho adotivo, Moacir, que sofria de uma ferida incurável na perna. Rita
decidiu seguir a simpatia de uma benzedeira, que consistia em fazer uma criança
lamber a ferida durante três sextas-feiras, em jejum, sendo a tarefa atribuída
ao pequeno Francisco. Revoltado com a imposição, Francisco conversou novamente
com o espírito da mãe, que lhe aconselhou a "lamber com paciência". O
espírito explicou-lhe que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a
ira da madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os
espíritos se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de
Moacir, Rita de Cássia melhorou o tratamento dado a Francisco.
O seu pai casou-se novamente,
e a nova madrasta, Cidália Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco
tinha então sete anos de idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por
insistência da madrasta, o menino foi matriculado na escola pública. Nesse
período, o espírito de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Francisco,
para ajudar nas despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da
horta de casa.
Na escola, como na igreja, as
faculdades paranormais de Francisco continuaram a causar-lhe problemas. Durante
uma aula do 4º ano primário, afirmou ter visto um homem que lhe ditou as
composições escolares, mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não
se importou. Uma redação sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de
composições escolares comemorativas do centenário da Independência do Brasil,
em 1922. Enfrentou o ceticismo dos colegas, que o acusaram de plágio, acusação
essa que sofreu durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Francisco
submeteu-se ao desafio de improvisar uma redação (com o auxílio de um espírito)
sobre um grão de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.
A madrasta Cidália pediu a
Francisco que se aconselhasse com o espírito da falecida mãe dele sobre como
evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e esta lhe disse para
torná-la responsável pelo cuidado da horta quando tivesse que sair, conselho
que, posto em prática, levou ao fim dos furtos.
Assustado com a mediunidade do
jovem, seu pai cogitou em interná-lo. O padre Scarzelli examinou-o e concluiu
que seria um erro a internação, tratando-se apenas de "fantasias de
menino". Scarzelli simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as
leituras (tidas como motivo para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho.
Francisco, então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi
submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou seqüelas
para o resto da vida.
No ano de 1924 terminou o
antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de trabalho,
empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários extensos. Apesar de
católico devoto e das incontáveis penitências e contrições prescritas pelo
padre confessor, não parou de ter visões e nem de conversar com espíritos.
Em 1927, então com dezessete
anos de idade, Francisco perdeu a madrasta Cidália, e se viu diante da
insanidade de uma irmã, que descobriu ser causada por um processo de obsessão
espiritual. Por orientação de um amigo, Francisco iniciou-se no estudo do
espiritismo. No mês de maio desse mesmo ano recebeu nova mensagem de sua mãe,
na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o cumprimento
de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em
um simples barracão de madeira de propriedade de um irmão seu. Em julho, por
orientação dos seus espíritos mentores, iniciou-se na prática da psicografia,
escrevendo 17 páginas. Nos quatro anos subseqüentes aperfeiçoou essa capacidade
embora, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, ela somente tenha
ganho maior clareza em finais de 1931. Desse modo, pela sua mediunidade
começaram a manifestar-se diversos poetas falecidos, somente identificados a
partir de 1931. Em 1928 começou a publicar as suas primeiras mensagens
psicografadas nos periódicos: O Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de
Notícias, de Portugal.
Em 1932 foi publicado o
"Parnaso de Além-Túmulo" pela Federação Espírita Brasileira (FEB). A
obra, coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e
portugueses, obteve grande repercussão junto à imprensa e à opinião pública
brasileira, e causou espécie entre os literatos brasileiros, cujas opiniões se
dividiram entre o reconhecimento e a acusação de pastiche. O impacto era
aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por um "modesto
caixeirinho" de armazém do interior de Minas Gerais, que mal completara o
primário. O espírito de sua mãe aconselhou-o a não responder aos críticos.
Os direitos autorais das suas
obras são concedidos à FEB. Neste período descobriu ser portador de uma
catarata ocular, problema que o acompanhou o resto da vida. Continua com o seu
emprego de caixeiro e a exercer as suas funções no Centro Espírita Luís
Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e psicografando as
obras do Além. Paralelamente, inicia uma longa série de recusas de presentes e
distinções, que também perdurará por toda a vida, como por exemplo, a de Fred
Figner, que lhe legou vultosa soma em testamento, repassada pelo médium à FEB.
Com a notoriedade, prosseguem os ataques de adversários que tentam
desmoralizá-lo.
Neste período, Francisco
ingressou no serviço público federal, como Auxiliar de Serviço no Ministério da
Agricultura. Como curiosidade, refere-se que, em toda a sua carreira como
funcionário público, não existe registro de qualquer falta ao serviço.
Em 1943 vem a público uma das
obras mais populares da literatura espírita no país, o romance "Nosso
Lar", o mais vendido e divulgado da extensa obra do médium. Este é o
primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito André
Luiz.
Neste período, a celebridade
de Chico Xavier é crescente, e cada vez mais pessoas o procuram em busca de
curas e mensagens, transformando a pequena cidade de Pedro Leopoldo, em um
centro informal de peregrinação.
Em 1959 estabeleceu residência
em Uberaba, onde viveu até ao fim de seus dias. Continuou a psicografar
inúmeras obras, passando a abordar os temas que marcam a década de 1960, como o
sexo, as drogas, a questão da juventude, a tecnologia e outros. Uberaba, por
sua vez, tornou-se centro de peregrinação informal, com caravanas a chegar
diariamente, de pessoas com esperança de um contato com parentes falecidos.
Neste período popularizam-se os livros de "mensagens": cartas ditadas
a familiares por espíritos de pessoas comuns. Prosseguem também as campanhas de
distribuição de alimentos e roupas para os pobres da cidade.
No alvorecer da década de
1970, Chico participou de programas de televisão que alcançaram picos de
audiência. Nessa década, além da catarata e dos problemas de pulmões, passou a
sofrer de angina. Passou ainda a ajudar pessoas pobres com o dinheiro da
vendagem de seus livros, tendo para tanto criado uma fundação.
Em 1981 foi proposto para o
Prêmio Nobel da Paz, que não ganhou. Neste período a sua fama ampliou-se no
exterior, com diversas de suas obras sido vertidas em diversas línguas, assim
como ganhou adaptações para telenovelas.
Ao final da década de 1990 o
médium contava com mais de 400 títulos de livros psicografados.
O médium faleceu aos 92 anos
de idade em decorrência de parada cárdio-respiratória. Conforme relatos de
amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em
que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por
isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da
Copa do Mundo FIFA de 2002 no dia de seu falecimento.
Fonte: http://www.mensagemespirita.com.br/medium/chico-xavier/biografia
Algumas frases de Chico Xavier:
"Planejar a
infelicidade dos outros é cavar com as próprias mãos um abismo para si mesmo."
“Fico
triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se
fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!”
“O homem caminha em meio as suas próprias obras, portanto se o caminho
se encontra áspero, não adianta reclamar a Deus.”
“Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age
auxiliando. Serve sem apego. E assim vencerás."
“As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em
benefício da sua própria felicidade.”
“A
desilusão é a visita da verdade.”
“Em todo instante, confio em Deus. No que faço, penso em Deus. Com quem
vivo, amo a Deus. Por onde sigo, sigo com Deus. No que acontece, Deus faz o
melhor. Tudo o que tenho, é bênção de Deus.”
"Deus
nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que
colocarmos nela, corre por nossa conta."
“Três
verbos existem que, bem conjugados, serão lâmpadas luminosas em nosso caminho:
aprender, servir e cooperar. Três atitudes exigem muita atenção: analisar,
reprovar e reclamar. De três normas de conduta jamais nos arrependeremos:
auxiliar com a intenção do bem, silenciar e pronunciar frases de bondade e
estímulo. Três diretrizes manter-nos-ão, invariavelmente, em rumo certo: ajudar
sem distinção, esquecer todo mal e trabalhar sempre. Três posições devemos
evitar em todas as circunstâncias: maldizer, condenar e destruir. Possuímos
três valores que, depois de perdidos, jamais serão recuperados: a hora que
passa, a oportunidade e a palavra falada. Três programas sublimes se desdobram
à nossa frente, revelando-nos a glória da Vida Superior: amor, humildade e bom
ânimo. Que o Senhor nos ajude, pois, em nossas necessidades, a seguir sempre
três abençoadas regras de salvação: corrigir em nós o que nos desagrada em
outras pessoas, amparar-nos mutuamente e amar-nos uns aos outros.”
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
RAMA NAVAMI
Rama Navami é o nome do festival
que celebra o nascimento do Senhor Rama, Avatar
da Era de Treta (Treta Yuga).
“A história de Rama (Ramayana),
riacho de doçura sagrada, tem sido para milhões de homens, mulheres e crianças,
por muitos séculos, a fonte perene de consolo durante a tristeza, vitalidade
quando afetados pela vacilação, iluminação enquanto confundidos, inspiração em
momentos de desânimo e guia enquanto presos em dilemas. É um drama intensamente
humano onde Deus representa como homem e reúne em torno dEle, no vasto palco do
mundo, o perfeito e o imperfeito, o ser humano e o sub-humano, a besta e o
demônio, para conferir a nós, por preceito e exemplo, a benção da Suprema
Sabedoria. É uma história que toca com seus dedos suaves nas cordas do coração
do homem, evocando ágeis e límpidas respostas de emoção, compaixão, exultação,
adoração, êxtase e rendição, transformando-nos do animal e do humano, no Divino
que é o nosso verdadeiro Ser.”
(Kasturi
– Ramakatha Rasavahini I)
Os ensinamentos a seguir
são provenientes de Discursos de Sri Sathya Sai Baba:
A história de Rama retrata um ser repleto de doçura e
compaixão.
Esta historia é o caminho real do
progresso humano e de uma vida exemplar. O Princípio de Rama é uma combinação
do Divino no humano e do humano no Divino. A inspiradora história de Rama
apresenta o código ético tríplice relacionado com o indivíduo, a família e a
sociedade. Se a sociedade deve progredir devidamente, a família deve ser feliz,
harmoniosa e unida. Para a unidade na família, os indivíduos que a compõem
devem ter um espírito de sacrifício. A história de Rama exemplifica os códigos
éticos que governam o indivíduo, a família e a sociedade.
Rama
Navami – 28/03/1996
Ele se contrapunha às palavras ásperas dos outros com
sua serenidade, paciência, doçura e sorriso.
Rama é o supremo exemplo de como as
pessoas devem se conduzir no mundo, como um país deve ser governado, como a
integridade e a moral dos seres humanos devem ser protegidas. As ações baseadas
nos altos princípios, as virtudes ideais e os pensamentos sagrados são os
fundamentos básicos do caráter. Rama é a própria encarnação destes três
atributos. Isto quer dizer que todo e cada ser humano deve cultivar pensamentos
sagrados, ações corretas e boas qualidades. Rama demonstrou por meio de suas
palavras, pensamentos e ações, como uma vida assim pode ser vivida. Rama agiu
de acordo com o mandamento antigo: “Falem a verdade. Pratiquem a retidão”
(Verso em Sânscrito). Evitando as palavras ásperas, Rama agradava a todos com a
sua linguagem afável. Ele se contrapunha às palavras ásperas dos outros com sua
serenidade, paciência, doçura e sorriso. Rama nunca se intrometeu nos assuntos
dos outros, nunca prestou atenção às faltas dos outros, nunca ridicularizou os
outros e jamais causou sofrimento aos demais pela maneira como lhes falava.
É importante para cada um seguir o
exemplo dado por Rama, cultivando as Suas muitas qualidades nobres e praticando
ações corretas. As pessoas deveriam nutrir pensamentos sagrados.
O indivíduo não deveria jamais faltar à palavra dada
O homem é uma imagem do Divino. O
senhor declarou na Gita: “Meu Espírito é o Espírito que reside no
interior de todos os seres.” Deus é o residente interno de todos os seres
humanos. Hoje, na busca de poder, os homens estão dispostos a cometer
qualquer tipo de crime e de infligir qualquer tipo de dano aos outros
para alcançar seus objetivos. Rama, pelo contrário, abandonou o seu reino e,
para honrar o juramento feito pelo seu pai, escolheu enfrentar as
provações da vida na floresta, como em um exílio. Ele demonstrou ao
mundo que o indivíduo jamais deveria deixar de cumprir a palavra dada. Rama abandonou
o trono e tornou-se um habitante da floresta. Na vida, não são as dificuldades
e as calamidades que são importantes. A suprema importância da verdade
foi o que Rama quis pregar ao mundo. O indivíduo não deveria jamais
faltar à palavra dada, mesmo que isto lhe custasse a própria vida.
Enquanto o indivíduo permanecer egocêntrico, não poderá
entender o Divino.(...)
Hoje as pessoas celebram o
aniversário de Rama como um festival, porém não praticam os ideais de Rama.
Instalem os ideais de Rama em seus corações. Sem isto não faz sentido celebrar
o aniversário de Rama. Vocês devem seguir o exemplo de uma pessoa nobre e
ideal. Este é o sentido correto de devoção.
Rama Navami – 09/04/1995
O autor do Ramayana é chamado Prachetas. Como ele obteve
este nome?
Prachetas é o nome do Deus da Chuva,
Varuna. Ratnakara era o nome original do poeta. Depois de ter sido iniciado,
ele começou a meditar no nome do Senhor e perdeu completamente toda a
consciência física. Um formigueiro cresceu sobre o seu corpo. O seu corpo não
era visível do lado de fora. Neste ponto, Varuna provocou uma chuva torrencial.
Essa chuva abundante lavou o formigueiro, revelando assim o sábio. Como
Prachetas (Varuna) foi o responsável por fazer aparecer o sábio, ele recebeu o
nome de Prachetas (o descendente de Prachetas). Ele também recebeu o nome de
Valmiki porque surgiu do Valmika, um formigueiro. Prachetas tornou-se o
compositor sagrado e imortal do épico Ramayana que ele deu ao mundo como
uma fonte perene de inspiração para a humanidade.(...)
As verdades apresentadas no Ramayana são
relevantes para toda a humanidade.
Rama representa o estado exaltado do
coração humano. Rama é o tesouro da compaixão. Onde podem vocês encontrar tal
verdade, compaixão e graça? Todos os pensamentos nascem no coração e levam a
ações. Assim sendo, o coração é a fonte de todos os pensamentos, palavras e ações.
Qual deveria ser a condição do coração? Ele deveria estar repleto de compaixão.
Hoje o demônio se instalou no coração.
O demônio no coração é o responsável
por todas as más ações e pela ausência da compaixão. Se os homens hoje sofrem
de inquietação e falta de paz, suas próprias ações são as responsáveis por este
estado. Nenhum Guru ou outra pessoa qualquer deve ser responsabilizada
por isto. Tampouco podem as mudanças nos anos ser as culpadas. O ano não é
responsável pela sua felicidade ou miséria. Tão só vocês são os responsáveis
pela sua condição e pelas suas experiências. Purifiquem seus pensamentos.
Entendam que vocês são humanos e que o Divino está no humano. O homem tem a
opção de seguir o caminho externo (objetos mundanos) ou de buscar a Bem-aventurança
que é interna.(...)
Certa vez, quando os irmãos eram crianças, Rama veio com
grande alegria à sua mãe Kausalya.
Kausalya perguntou-Lhe qual era a
razão da Sua alegria. Rama disse: “Estou imensamente feliz hoje porque Bharata
ganhou o jogo que estávamos jogando.” Rama se alegrava com o sucesso dos Seus
irmãos. Enquanto isso, Bharata veio chorando ter com Kausalya. Ela lhe
perguntou: “Bharata! Por que você está chorando? Rama está tão feliz com a sua
vitória.” Bharata respondeu: “Mamãe! Estou muito triste porque Rama
deliberadamente resolveu perder para que eu pudesse ganhar.” O irmão mais velho
se alegrava com a vitória do irmão mais novo. O último sentia tristeza a
respeito de sua vitória e pela derrota do irmão mais velho. Que amor mútuo
prevalecia entre os irmãos! Essa era a união pura e santa que existia entre os
irmãos naquele tempo.(...)
Que quer dizer ‘entrega’?
Ao abandonar o apego ao corpo, as
escrituras convidam os homens a se auto-entregarem a Deus. Que quer dizer
‘entrega’? Esquecer do corpo e pensar em Deus, isso é entrega. Entrega não quer
dizer oferecer a Deus o seu corpo sem valor e as suas posses perecíveis. Tais
oferecimentos não fazem sentido para o Divino. As pessoas que vão ao Tirumala
fazem todos os tipos de promessas a Deus se os seus desejos forem
satisfeitos. Será que Deus necessita de qualquer das suas oferendas? Não. Por
que deveria Deus ser comercializado? Vocês devem buscar a união com Deus. Deus
ficará satisfeito se vocês realizarem seu verdadeiro Ser. A felicidade de vocês
é a bem-aventurança d’Ele.
Rama Navami – 28/03/1996
Rama ensinou ao mundo como permanecer sereno na presença
de dificuldades ou de alegrias, na dor ou no prazer.
Respondeu com um sorriso a todas as
críticas. Não exultou com os elogios. Assim, mostrou total equanimidade no bem
e no mal, no sucesso e no fracasso, no ganho e na perda. Essa é a atitude que
todos devem cultivar. Hoje, os devotos
tendem a ficar estimulados quando experimentam o prazer e deprimidos quando enfrentam
a adversidade. Este é o resultado do apego ao corpo. Na época de Rama não havia
essa consciência do corpo. As pessoas
eram indiferentes a ele. Eram imersas na bem-aventurança do Eu Superior.
Rama Navami
– 16/04/1997
“Falem a verdade, falem doce e mansamente e
nunca falem a verdade de forma desagradável” (Verso em Sânscrito).
Falar a Verdade é o valor moral.
Falar doce e mansamente é o valor social. Não falar uma verdade de forma
desagradável é o valor espiritual. Então, os valores moral, social e
espiritual, estão todos contidos na afirmação acima. O Ramayana ensina
estes valores do modo mais simples. Mas o homem se esqueceu da mensagem do Ramayana
e está levando a vida de Ravana. Ravana não entendeu este princípio de
divindade. Não houve transformação nele, embora tivesse adquirido todas as
formas de conhecimento e praticado severas penitências. Ele se arruinou pelos
desejos excessivos. Antes de sua morte, ele comunicou uma mensagem às pessoas:
“Oh povo, com todas as minhas habilidades e especializações em diferentes
formas de conhecimento, eu me tornei uma vítima dos desejos. Perdi os meus
filhos, arruinei o meu clã e queimei o meu reino até as cinzas, pois não pude
controlar meus desejos. Não se tornem uma vítima dos desejos como eu. Sigam o
caminho da Verdade e da Retidão e sejam como Rama. Tenham a experiência da
divindade.”
Sejam sempre felizes. As dificuldades surgem na vida.
Esta é a lei da natureza.
Nunca se desanimem com elas. As dificuldades são
como nuvens que passam. As dificuldades vêm e vão, mas a moralidade vem e cresce. Infelizmente, há o declínio dos valores morais
na sociedade atualmente. Rama permaneceu como um exemplo claro de como
sustentar os valores morais na sociedade. Mesmo quando Lhe pediram para ir para
a floresta no momento em que seria coroado, Ele não se perturbou.
Rama Navami – 25/03/1999
O que é Dharma? É aquilo que
deleita seu coração.
Não há nenhuma vantagem em ler o
texto sagrado do Ramayana a menos que ponham em prática os ideais que
ele demonstra. Vocês deveriam tentar entender o propósito por trás de cada uma
das ações de Rama e como Ele os executou. Há muito mais no Ramayana do
que Rama ir para a floresta, aniquilar Ravana e finalmente ser coroado rei de
Ayodhya. Ele encarnou para estabelecer o Dharma. O que é Dharma?
É aquilo que deleita seu coração. Quando o homem usa meios incorretos, sua
consciência não aprovará seus atos, já que todo homem é a personificação do Dharma.
Ele nasce para praticar o Dharma.(...)
A Devoção Suprema de Hanuman
O que aconteceu à parte do pudim de
Sumitra que foi levada pela águia? Permaneceu em uma montanha onde Anjani Devi
a consumiu. Como resultado, nasceu Hanuman. Esta é a razão para a relação
profunda que existiu entre Hanuman e os quatro irmãos, Rama, Lakshmana, Bharata
e Satrughna. Muito poucos sabem disto. Quando Sita e Rama voltaram a Ayodhya, a
alegria das pessoas não teve limites. Na hora da sua coroação, Rama distribuiu
presentes para todos os que O haviam ajudado na guerra, exceto Hanuman. Ao ser
questionado por Sita, Rama disse que Hanuman não quis nenhum presente e que Ele
não tinha nenhum presente merecedor a ser dado a Hanuman. Então Sita tirou seu
colar de pérolas e o presenteou a Hanuman. Ele arrancou cada pérola, pôs entre
os dentes dele, colocou próximo à orelha e, com uma expressão de decepção, jogou
fora com desgosto. Surpreendida com este comportamento de Hanuman, Sita disse:
"Hanuman, este é um colar de pérolas precioso dado a mim por meu pai, mas
você está jogando fora as pérolas sem perceber seu valor. Você não parece ter
abandonado seus modos de macaco". Então Hanuman respondeu: "Oh mãe,
eu examinei cada pérola para ver se tinham o nome sagrado de Rama nelas. Eu não
pude achá-lo em qualquer pérola. Sem o Nome de Rama, elas são apenas pedras e
pedregulhos. Assim, eu as joguei no chão. Até mesmo o meu pêlo está cheio com o
nome de Rama". Dizendo assim, ele arrancou um pêlo de sua mão e o colocou
próximo à orelha de Sita. Ela pôde ouvir o nome de Rama que emanava dele.
Rama Navami – 12/04/2000
O dever primordial do homem é o de
ser grato por toda a sua vida à pessoa que lhe tenha feito um favor.
Devido às extraordinárias façanhas
praticadas por Hanuman e pela grande ajuda prestada, Rama perguntou-lhe:
“Hanuman! que prêmio posso lhe oferecer? Além de expressar-lhe minha gratidão,
não posso dar-lhe nenhuma recompensa apropriada. A única maneira como posso
mostrar-lhe minha gratidão é que sempre que você pensar em Mim, em qualquer
momento da sua vida, aparecerei diante de você”. Desta maneira, Rama estava
demonstrando Sua gratidão a Hanuman. Isto indica que o dever primordial do
homem é o de ser grato por toda a sua vida à pessoa que lhe tenha feito um
favor.
Rama Navami – 09/04/1995
É sorte sua poder escutar a sagrada história de Rama e
cantar Sua Glória.
O Aniversário de Rama é celebrado
para lembrar-nos dos ideais que ele exemplificou. Devemos refletir sobre os
ideais defendidos por Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna, e também por
Kausalya, Sumitra e Kaikeyi. O Sábio Vasishtha declarou: Rama é a
Personificação do Dharma. Ele descreveu a Divina Forma de Rama como:
“Aquele cuja forma a todos encanta”. “Rama, a beleza e elegância que Lhe são
próprias não estão limitadas apenas à Sua Forma física. Seu infinito amor e
compaixão conferem-Lhe esta bem-aventurada aparência. Mesmo os homens se sentem
atraídos pela sua forma bem-aventurada. Você é a própria personificação do Ser
– Consciência – Bem-aventurança.” Deste modo o Sábio Vasishtha louvou a glória
e a majestade de Rama. É sorte sua poder escutar a sagrada história de Rama e
cantar Sua Glória.(...)
Dor e prazer, tristeza e alegria seguem uma à outra.
Deve-se tratá-las com equanimidade.
Prazer e
dor, bem e mal coexistem; ninguém pode separá-los. Não se pode achar prazer com
a exclusão da dor, nem bem com a exclusão do mal. Os prazeres resultam quando
as dificuldades frutificam. (Poema em Télugo)
A história de Rama não é um conto antigo. É eterna, e
sempre nova. É cheia de auspiciosidade.
Possam todos encher seus corações com os
sagrados ideais do Ramayana! Possam todos abandonar o ódio e todas as
diferenças! Possam todos viver em paz e harmonia! Quando contemplarem Rama sem
cessar, sentirão grande alegria e contentamento.
Rama Navami – 11/04/2003
Os Vedas são a quintessência da profunda, incomensurável
e infinita sabedoria.
Na Treta Yuga, os quatro Vedas
assumiram forma física e encarnaram como Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna.
Enquanto o Rig Veda assumiu a forma de Rama, os Yajur, Sama e Atharvana Vedas
assumiram, respectivamente, as formas de Lakshmana, Bharata e Satrughna.
Como consequência do grande mérito conquistado por
Dasaratha, os quatro Vedas encarnaram como seus filhos.
Rama simbolizava o Rig Veda. Ele era
a Personificação dos Mantras. Lakshmana era aquele que contemplava os Mantras e
colocava em prática os ensinamentos de Rama. Ele seguia Rama fielmente;
considerava o Nome de Rama como o Mantra da Liberação. De fato, ele considerava
Rama como tudo: mãe, pai, Guru e Deus. Bharata foi a personificação do Sama
Veda e cantou incessantemente o Nome de Rama com sentimento, melodia e ritmo.
Enquanto Bharata estava engajado na adoração a Deus sem Forma, Lakshmana
desfrutava da adoração a Deus com Forma.
O Atharvana Veda manifestou-se como
Satrughna, que seguiu os três irmãos mais velhos e conquistou não somente o
mundo físico, mas também alcançou vitória sobre o reino dos sentidos. Assim, os
Vedas encarnaram na Treta Yuga para ensinar a mensagem mais preciosa à
humanidade. Os dois grandes Sábios, Vasishtha e Vishwamitra, declararam ao
mundo que os quatro Vedas haviam nascido em forma humana como Rama, Lakshmana,
Bharata e Satrughna. Como conseqüência do grande mérito conquistado por
Dasaratha, os quatro Vedas encarnaram como seus filhos. Se qualquer pessoa
perguntasse algo sobre os Vedas ao Sábio Vishwamitra, este responderia: “Todos
os quatro Vedas encarnaram como os quatro filhos de Dasaratha, a fim de
estabelecer um ideal para o mundo.”
Na Kali Yuga não há outro
meio mais efetivo para a liberação do homem do que cantar o Nome Divino.
O
Ramayana não é uma história qualquer. Ele contém a mensagem direta dos Vedas.
Rama simboliza a sabedoria dos Vedas. Rama casou-se com Sita que
representa o Conhecimento do Absoluto. Quando Sita é raptada pelas
forças demoníacas, Rama e Lakshmana procuram por ela desesperadamente. O Ramayana
contém milhares de versos. Como não é possível recordar todos os versos do
Ramayana, os sábios recomendaram cantar o Nome de Rama. Quando os
discípulos de Vasishtha perguntaram qual Nome Divino deveriam cantar, o
sábio disse: “É suficiente cantarem o Nome ‘Rama’. O Nome de Rama lhes
trará liberação do apego e do sofrimento.”
Rama Navami – 30/03/2004
O primeiro ensinamento de Rama foi que a pessoa deve
seguir sathya.
Tomando Sathya como sua base, ela deve
manter e promover o Dharma. O Dharma (Retidão) não é limitado a nenhum
lugar ou país em particular, ele está presente em tudo. Ele existe como
resultado de Sathya (Verdade). Na realidade, Dharma não pode
existir sem Sathya. O que é o Dharma? Dharayati iti Dharma (Aquilo
que sustenta é Dharma).(...)
Não há maior Dharma do que a
adesão a Sathya. Conseqüentemente, devemos nos manter fiéis à Verdade,
até mesmo em assuntos triviais. Não devemos recorrer nunca à mentira para
escaparmos de uma situação difícil.
Rama Navami - 07/04/2006
Rama está com você, em você, ao seu redor
Milhares de anos se passaram desde o
advento da Treta Yuga. Ainda hoje, das crianças às pessoas mais velhas, todos
se lembram do nome de Rama. A glória do nome de Rama é tal que não diminuiu,
nem mesmo um pouco, com a passagem do tempo. Essa verdade deve ser reconhecida
por todos. Rama é o nome dado a uma forma, mas o nome de Rama não está limitado
a uma forma. Rama é o Atma e o seu verdadeiro nome é Atmarama. Por
isso, onde quer que você esteja, lembre-se do nome de Rama; Rama está com você,
em você, ao seu redor.
Rama Navami – 27/03/2007
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PESSACH
15 a 22 de abril
No primeiro mês (nissan), aos 14
dias do mês, às vésperas, é Pessach para o Senhor.
E aos 15 dias deste mês é a festa
dos pães ázimos para o Senhor;
por sete dias comereis pães ázimos.
(Lv. 23, 14-15). Assim se lê na
Torá (Pentateuco).
O nome Pessach deriva do hebraico
passach que significa saltar, passar por cima, e assim se chama esta noite por
ter o Anjo que matou os primogênitos dos egípcios passado sem se deter pelas
casas dos hebreus, que, deste modo, foram poupados.
Pessach comemora a libertação dos judeus do cativeiro no Egito e isto
lhe imprimiu um caráter especial: é a celebração da liberdade, a história da
mobilização do povo para a conquista da liberdade. Para o povo judeu, recordar
o fato de “escapar do Egito” significa ultrapassar os limites naturais que
impedem a realização de seu pleno potencial. O “Egito” de uma pessoa pode ser
visível em seu egoísmo, desejos primitivos, vícios. Pessach é uma oportunidade
de transcender as limitações e realizar o infinito potencial espiritual em cada
aspecto da vida.
A comemoração de Pessach não foi sempre a mesma. Mudou com o passar
dos tempos. Mas o essencial na epopeia judaica é a luta incessante pela
liberdade. Tudo pode mudar, transformar-se. Mas o cerne e o eixo de tudo é a
liberdade. O objetivo principal do Seder (jantar cerimonial) é incutir no
judeu, desde menino, o amor à liberdade em seu sentido pleno.
No princípio, segundo historiadores, as comemorações de Pessach eram
uma festa da primavera. Era uma festa agrícola que ampliou seu sentido. “Observa
o mês da primavera e guarda o Pessach do Senhor teu Deus, pois no mês da
primavera o Senhor teu Deus te tirou do Egito à noite” (Dt 16:1).
Desde o século I, após a expulsão dos judeus da sua terra, a
comemoração de Pessach passou a ser decisiva, para que o povo não
desaparecesse, cultivando a tradição de Pessach como luta pela liberdade (o que
justifica, por toda a sua carga simbólica, ter sido mantida pelos Marranos
através dos séculos, por exemplo). Quando Rabi Gamaliel instituiu o Seder, ele
estava preocupado em manter viva a esperança do povo. Com o tempo foram
acrescentadas lendas do povo à grande festa.
O Seder é uma representação de um relato histórico, ao vivo, no seio
de cada família, com um narrador, em geral o pai da família, o que se repete
todos os anos em cada lar judeu. E na vida moderna urbana, quando os horários e
ocupações não combinam, o Seder representa um novo papel. Pelo menos durante
uma semana de reunião, a família repensa grandes temas pelos quais vale a pena
lutar, como liberdade e esperança.
As principais mitzvot (preceitos)
Na noite de Pessach, as casas judias devem estar limpas e arrumadas,
louças e talheres que foram usados durante o ano são postos de lado e tira-se dos
armários o serviço destinado a esta festa. Se a casa não tem dois serviços,
todas as panelas que são de uso ordinário são escaldadas, “casherizadas”.
Na antevéspera, ao por do sol, a dona de casa limpa todo vestígio de
pão, massa ou qualquer fermento, e à noite, segue-se o pai na procura do hametz
(designação genérica para toda comida e bebida feita de trigo, cevada, etc.,
proibidos de se comer em Pessach, pois são levedados). Daí em diante, por oito
dias, ou por nove, contando a véspera, não entrarão nas casas judias massas
fermentadas.
Na véspera de Pessach os primogênitos costumam jejuar em lembrança de
terem sido poupados pelo Anjo.
Fonte:
http://www.torahweb.net/Pascoa-judaica-h34.htm
-----------------------------------------------------------------------
Semana
Santa da Paixão,
Morte e
Ressurreição de Jesus Cristo
“Na Bíblia está escrito que Jesus lavou os pés
dos Seus discípulos. Quando Lhe perguntaram por que agira assim, Jesus
respondeu: “Estou lavando seus pés como seu servo, para que possam aprender a
servir ao mundo.” Todo homem é, inicialmente, um mensageiro de Deus. Quando
cumpre seus deveres como mensageiro, reconhece que ele é um filho de Deus, e,
então, atinge a unidade com o Divino.”
Sai Baba - 25/12/1984
Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e
lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus.
A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo
os caminhos, para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana
ao Filho de David. Bendito o que vem em nome do Senhor.” (Lc 19, 38 – MT 21,
9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje
manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.
Quinta-feira Santa
Celebra a Instituição do Sacramento da Eucaristia.
Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer,
instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes
acontecimentos:
Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-Pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde
de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a
Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a
Deus-Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou
para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus
sucessores.
Nesta missa faz-se, portanto, a memória da
instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia
do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos
seus apóstolos.
O sermão desta missa é conhecido como sermão do
Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada
por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do
Santíssimo Sacramento do altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o
costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda à noite.
Sexta-feira Santa
Celebra a paixão e morte de Jesus Cristo. O
silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que
muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito
diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para
todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto,
é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de
três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística.
Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a
celebração da Páscoa.
Ofício das Trevas
Trata-se de um conjunto de leituras, lamentações,
salmos e preces penitenciais. O nome surgiu por causa da forma que se utilizava
antigamente para celebrar o ritual. A igreja fica às escuras tendo somente um
candelabro triangular, com velas acesas que se apagam aos poucos durante a
cerimônia.
Sermão das Sete Palavras
Lembra as últimas palavras de Jesus, no Calvário,
antes de sua morte. As sete palavras de Jesus são: “Pai, perdoa-lhes, pois não
sabem o que fazem…”, “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”,
“Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe”, “Tenho Sede!”, “Eli, Eli, lema
sabachtani? – Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”, “Tudo está
consumado!”, “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”. Neste dia, não se celebra a Santa
Missa.
Por volta das 15 horas celebra-se nas igrejas
católicas a Solene Ação Litúrgica comemorativa da Paixão e Morte de Jesus
Cristo. À noite as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o
Sermão do Descendimento da Cruz e em seguida a Procissão do Enterro, levando o
esquife com a imagem do Senhor morto.
Sábado Santo
No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal
celebração é a “Vigília Pascal”.
Vigília Pascal
Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da
noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada
“A mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à
espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia
da Vigília Pascal: a benção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da
Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a
liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação;
a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística.
Domingo de Páscoa
A palavra páscoa vem do hebreu Pessach e
significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do antigo
testamento. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com Seus
discípulos.
Condenado à morte na cruz e sepultado,
ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A
ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã.
Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é,
verdadeiramente, o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de
Jesus na Sexta-Feira transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste
momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor.
São celebradas missas festivas durante todo o domingo.
“Desde o início, Jesus nunca disse que Ele era
Deus. Ele só disse que Deus era seu pai. Ele ensinou às pessoas que só havia um
Deus e que todos eram seus filhos. Seus críticos reclamaram ao sacerdote chefe
contra Jesus. O sacerdote sabia que Jesus estava falando a verdade. Mas eles
não apoiaram Jesus para proteger suas próprias posições. Foi decidido que Jesus
devia ser crucificado. O governador emitiu as ordens, mas depois ele se
arrependeu. Quando Jesus ressurgiu da morte no terceiro dia da Sua
crucificação, Ele proclamou a Sua divindade.”
Sai Baba - 25/12/2001
Om Sai Ram
Nenhum comentário:
Postar um comentário